23 de fev. de 2011

UFRN repudia atitudes homofóbicas na Calourada

O reitor Ivonildo Rêgo endossa Carta de Repúdio do Grupo Universitário em Defesa da Diversidade e Expressão das Sexualidades diante de atitudes homofóbicas contra duas alunas na festa da Calourada da UFRN nesta segunda-feira, 21.

Em carta encaminhada à Reitoria, o GUDDES-RN repudia “atitudes de violência cometidas contra duas alunas, mulheres e lésbicas que, no exercício de sua cidadania e no direito de expressar livremente sua afetividade, foram mutuamente hostilizadas e sofreram ageressões físicas dentro do espaço da UFRN, na ocasião da recepção aos calouros, ocorrrida nesta segunda-feira, 21 de fevereiro, especificamente na Praça Cívica do Campus, nos arredores da instalação da concha acústica deste local”.

Na mesma carta, o grupo solicita às autarquias “que providências sejam tomadas a fim de apurar os fatos, combater atos desta anatureza e punir os agressores”.

O reitor da UFRN endossa todo teor da Carta e afirma que esse tipo de atitude é incompatível com o espírito universitário, de respeito às diferenças e à pluralidade. O professor Ivonildo Rêgo solicitou à Divisão de Segurança que procedesse investigações para identificar o agressor.


Fonte: UFRN

22 de fev. de 2011


Você sofre constantemente com o aumento da tarifa de ônibus?? Compareça, sua presença é fundamental!

O Brasil tem bons motivos para grandes manifestações


Estudantes europeus protestam contra reformas educacionais; mulheres italianas pedem o fim do governo Berlusconi; povos árabes querem a derrubada das ditaduras.

Por Hamilton Octavio de Souza

Não apenas os europeus, asiáticos e africanos têm os seus motivos para sair às ruas em grandes manifestações de protesto e de luta. Nas últimas semanas, as explosões de protestos pipocaram pelo mundo. Marchas, passeatas, concentrações – pelos mais variados motivos, mas, no geral, para defender liberdade, democracia, direitos, enfim, a demanda por um mundo melhor do que o atual, que tem sido degradado por modelo econômico predador e políticos e governos autoritários, omissos, decadentes ou simplesmente indiferentes às demandas populares.

Aqui, no Brasil, também temos manifestações: desde o começo de janeiro que estudantes e trabalhadores – de São Paulo e de outras capitais – protestam contra os aumentos dos serviços públicos de transportes. As passagens dos ônibus e de metrô foram reajustadas muito acima da inflação e dos reajustes salariais. Andar de ônibus e de metrô nas principais cidades brasileiras representa um peso inaceitável para quem precisa estudar e trabalhar. A privatização do transporte coletivo tira o pão da boca de muitas famílias.

A luta para a redução de tarifas tem sido tratada – pelas autoridades municipais, estaduais e federais – como caso de polícia, alvo de forte repressão. O Brasil todo viu – pela TV e pela Internet – como a Guarda Civil Metropolitana e a Polícia Militar utilizaram a truculência para reprimir uma dessas manifestações, quinta-feira, dia 17 de fevereiro, no centro de São Paulo, em frente à sede da Prefeitura Municipal, com o espancamento de populares, jornalistas e de três vereadores do PT.

Nesses dias, também, moradores de Belo Horizonte (MG) e do Rio de Janeiro (RJ) realizaram manifestações de protestos contra o despejo de comunidades que estão no caminho das obras viárias da Copa do Mundo (2014) e das Olimpíadas (2016). A especulação imobiliária fala mais alto do que o direito de moradia dos cidadãos. E as autoridades usam a truculência típica das ditaduras para “limpar” ocupações, assentamentos e bairros pobres – em nome do progresso e, particularmente, do lucro que alguns grupos terão com os megaeventos esportivos.

O Brasil e os brasileiros têm outros bons motivos para sair às ruas, protestar, lutar, fazer manifestações que sejam capazes de mudar essa história (pre)determinada pelos interesses econômicos das elites e do capital nacional e internacional. É claro que em cada cidade, região, comunidade, existe uma agenda específica de lutas que justifica a realização de protestos e manifestações, desde colocar o prefeito corrupto na cadeia, até exigir que as escolas públicas funcionem verdadeiramente com qualidade.

Da mesma forma, o País tem inúmeros motivos de dimensão nacional que justificariam a união do povo brasileiro, o fim da apatia e o surgimento de uma onda de manifestações. Alguns motivos para protestar são:

- A defesa dos povos do Xingu contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte, que é uma obra faraônica que vai consumir uma quantidade enorme de recursos públicos para um retorno energético pífio, sem contar o estrago ambiental e a destruição do acervo cultural e antropológico dos povos indígenas que habitam aquela região do Pará.

- A luta contra a aprovação do projeto de lei do novo Código Florestal, em tramitação no Congresso Nacional, e que possibilita a aceleração do processo de destruição da floresta amazônica, do cerrado e das matas protetoras dos rios e dos morros. O projeto do código, do jeito que está só serve aos interesses da especulação imobiliária, do agronegócio e dos destruidores da natureza.

- A luta pela nacionalização do petróleo do pré-sal e sua exploração racional conforme as necessidades do Brasil. Não permitir que esses importantes recursos dos brasileiros sejam entregues para o capital estrangeiro, e nem que a riqueza do pré-sal seja retirada a toque de caixa para manter o padrão de vida e o modelo energético dos Estados Unidos. Defender a exploração racional do pré-sal é algo estratégico para reduzir as desigualdades e construir um Brasil mais equilibrado econômica, social e ambientalmente.

- A democratização dos meios de comunicação; a universalização do ensino médio e superior público e gratuito; sistema público de saúde com excelente atendimento de qualidade; a imediata reforma agrária com amplo apoio estatal; acabar com o déficit habitacional, especialmente das populações que vivem em áreas de risco; promover a geração de empregos com aumento real dos salários.

Algumas dessas demandas são velhas conhecidas do povo brasileiro. Elas têm sido cantadas em prosa e verso desde o início da República, há mais de cem anos. Todos os governos as colocam no rol das promessas. Poucos conseguiram realmente avançar nas realizações. A paciência dos brasileiros tem sido muito maior do que a de outros povos – na Europa e na América Latina. Agora, a onda de protestos atinge países que também estavam em aparente acomodação social.

Não será surpresa que venham a ocorrer grandes manifestações populares aqui, convocadas por diferentes meios, apesar da passividade de partidos políticos e de entidades sindicais institucionalizados e domesticados pelos interesses dos grupos econômicos que mandam no País. A onda de protestos pode estar apenas começando – é o grito legítimo dos que clamam por outro rumo para a humanidade.

Hamilton Octavio de Souza é jornalista e professor.

16 de fev. de 2011

Ato do dia 15/02 reuniu centenas de pessoas


O ato que aconteceu na última terça-feira (15) reuniu centenas de pessoas. A atividade, que foi organizada pelo Fórum Pela Revogação do Aumento das Passagens em parceria com o SENALBA/RN e apoio de outros sindicatos e organizações políticas, levou ao centro da cidade de Natal cerca de 1.500 pessoas.

A concentração foi na Câmara Municipal de Natal (onde estava previsto haver a Cerimônia de reabertura dos trabalhos com a presença da Prefeita de Natal, Micarla de Sousa) seguida de caminhada em direção à sede do poder municipal, pois Micarla mudou o horário da solenidade para tentar fugir dos manifestantes.

Apesar de mais uma vez o movimento não conseguir falar com a prefeita, que de novo não encontrava-se na prefeitura, os manifestantes passaram a tarde no centro da cidade, dividindo-se em grupos que protestavam na Prefeitura, pela revogação do aumento das passagens, pelo pagamento dos salários atrasados e contra as demissões de centenas de trabalhadores da ATIVA, e outro grupo que se concentrou em frente a Assembléia Legislativa, onde protestavam contra a nova Governadora do RN, Rosalba Ciarlini, que vai demitir quase dois mil funcionários do MEIOS.

O ato foi encerrado por volta das 17h e os manifestantes prometeram voltar na próxima semana, dia 24/02, data em que está marcado o dia municipal de paralisação.

[...]

Abaixo algumas imagens do ato:


Multidão tomando a Avenida Rio Branco
Em frente a Assembléia Legistaliva
Faixa da ANEL, pelo Passe Livre para estudantes e desempregados

Fonte: CASS-UFRN

15 de fev. de 2011

MAIS UM ATO PELA REVOGAÇÃO DO AUMENTO DAS PASSAGENS


Nesta terça-feira haverá um novo ato pela revogação do aumento das passagens.

O ato será unificado com o SENALBA/RN que passa por um forte processo de enfrentamento com a prefeitura, pois quase dois mil trabalhadores de sua base estão sem receber salário desde novembro e mais de 700 estão sendo demitidos.

O ato é resultado do somatório de forças do movimento estudantil com o movimento sindical contra as políticas da atual gestão.

O ato foi marcado para a Câmara Municipal pois haveria a tarde a solenidade de reabertura dos trabalhos da Câmara, e a prefeita estaria presente na solenidade. Apesar de a prefeita ter mudado o horário de última hora, para o turno da manhã, o movimento está mantido e de lá iremos à Prefeitura!!

Some-se a nossa luta, ela é sua também!


ATO PELA REVOGAÇÃO DO AUMENTO DAS PASSAGENS
15/02 (TERÇA-FEIRA) - 14HS
CONCENTRAÇÃO NA CÂMARA MUNICIPAL (RUA JUNDIAÍ COM CAMPOS SALES)


Contato: 9451-6618 / 8845-9144

8 de fev. de 2011

CARTA ABERTA AO MOVIMENTO SINDICAL DE NATAL

Companheiros (as), a prefeitura de Natal decretou um aumento na tarifa dos transportes coletivos para R$ 2,20 (10%). Esse aumento significa um reajuste abusivo sobre os trabalhadores (as) que foi acima da inflação e é incompatível com o serviço público de transporte que é completamente sucateado.
Entendemos que esse aumento é, na verdade, fruto da política da prefeitura que tem atacado todo o serviço público de Natal, privatizando a saúde e sucateando a educação.
O movimento estudantil vem se organizando nas últimas semanas para barrar nas ruas o aumento da passagem. Entendemos que é necessária a unidade dos trabalhadores (as) para enfrentar o ataque dos empresários e da prefeitura, que não são desferidos a apenas um setor da população. Estamos organizando um calendário de atividades e estamos preparando um dia municipal de paralisação (24/02) contra os ataques da Prefeitura, atividade na qual contamos com a participação e adesão das entidades.
Nesse sentido, convidamos aos companheiros (as) do movimento sindical a somarem forças conosco em defesa das condições de vida da população, vindo a reunião da Comissão Executiva do Fórum Contra o Aumento das Passagens, para juntos organizarmos as próximas atividades. A reunião será no dia 08/02 (terça-feira), às 17hs na sede da Conlutas (Av. Rio Branco, nº 762A). Somente a unidade entre estudantes e trabalhadores (as) é capaz de organizar o movimento para fazer frente aos ataques.

Calendário de lutas:
07/02 - No Shopping 10 - Alecrim (ponto de concentração), às 10h, vamos nos encontrar e nos dividir em grupos para panfletar nas escolas: Sagrada Família e Reis Magos.
08/02 - Catedral Metropolitana - Centro (ponto de concentração), às 10h, vamos nos encontrar para nos dividir em grupos que vão panfletar no CDF e Hipócrates.
09/02 – Ato Público Contra o Aumento das Passagens (9h, Concentração na Praça Cívica)
14/02 – Reunião do Fórum (17h, Sede da Conlutas)
16/02 – Indicativo de Ato Público
24/02 – Dia Municipal de Paralisação
Natal, 04 de fevereiro de 2011.

Executiva do Fórum Contra o Aumento das Passagens
Contatos: Luiz Gomes (DCE –UFRN): 9953-8395 / Bárbara Figueiredo (CASS – UFRN) 9451-6618