29 de mai. de 2011

Abandonados e sem esperanças, a dura realidade discente na UERN.

Abandonados e sem esperanças, a dura realidade discente na UERN.


Alguém e não me pergunte quem, disse certa vez que as imagens valem mais que mil palavras, isso é verdade, como também tudo aquilo que disse em meu último post sobre a “greve na UERN”. Não estamos enquanto representantes estudantis dirimir a imagem da instituição, não se trata disso, é algo mais intenso e importante, nossa vida e segurança. Onde está a segurança?
Hoje pela manhã um carro de um professor foi arrombado no Campus do Natal. Ontem um aluno no Campus Central assaltado. E o que nos protege? Em Mossoró apenas uma cerca frágil, com cordas plásticas, os vulgarmente conhecidos 'fitilhos', ajudam a segurar os arames na cerca, que me muito lembra comunidades rurais. O aspecto mais cruel não está fora ou no muro que ainda não existe, reside dentro das salas. Infiltrações, problemas elétricos, verdadeiras crateras em salas de aula. Esse cenário de chuva que não se sabe quando acabará, nos sufoca e as vezes precisamos nos rebaixar por necessidade. Um que busca as residências universitárias assim o fazem por estarem distantes de suas famílias, vindos de outras cidades, espera-se no mínimo um ambiente saudável, não é esse o caso da UERN. Estamos com bolsas atrasadas desde setembro de 2010. Sem apoio a eventos científicos e o que dizer dos esportivos? Alguém saberia dizer quantos atletas a UERN inscreve nas olimpíadas universitárias? Com um único ônibus fica difícil imaginar nossa participação maciçamente. Poucos livros, baixa linha de pesquisa e extensão, feita basicamente por um pequeno grupo de professores que devotam corpo e alma a essa instituição. Não temos cursos de engenharias, nem tecnológicos ou agrícolas, mesmo tendo campus na região da ZPE do Sertão assim intitulada a ZPE de controle privado no vale do Açu, ainda muito distante dos 50 mil empregos prometidos, isso claro pela infraestrutura deficiente e com poucas perspectivas de melhorias a curto prazo, mais uma vez emergência, esse tem sido o dilema e tema da UERN. Remediar cada problema, adotar paliativos e adiar ao máximo soluções sistemáticas e globais. Os problemas são grandes, os investimentos poucos, as obras paralisadas (caso do Campus de Natal ao lado do Complexo Cultural de Natal que desde outubro está parado). Queremos acordar e sentir prazer não apenas em assistir as aulas dos cursos preteridos, mas e principalmente sentir vontade ainda que de forma voluntária em participar do processo de criação e inovação da UERN. Em projetos de pesquisa e extensão. O que queremos é um ambiente que não represente risco de morte ou qualquer perigo a integridade física. Um pouco de liberdade com segurança. Uma vida acadêmica produtiva e dinâmica. Um teto seguro, sem infiltrações ou buracos, e que guarda-chuva precise ser usado somente no lado de fora da sala, de preferência também do prédio, mas para isso é necessário cuidados e reparos e que sejamos levados a sério. Somos seres humanos, pedindo humanidade, esperando solidariedade e acreditando no valor da transformação que somente a educação pode exercer e que infelizmente poucos podem ter, e nós que temos sofremos para manter. Onde estão os políticos que espalharam a UERN pelo estado sem preocupar-se com o básico? Certamente estão em algum lugar fazendo uso de regalias parlamentares enquanto nós somos covardemente suprimidos e ignorados. Queremos lembrar que apesar da idade, não somos covardes e iremos lutar por aquilo que acreditamos: a liberdade, a igualdade, a segurança e o bem-estar.
As fotos enviadas por Geordânea Barros - Curso de Enfermagem - Mossoró
Faculdade de Enfermagem - auditório
Banheiros - Campus Central
Faculdade de Enfermagem - lanchonente
Campus Central - prédio de pos-Graduação em Física e Computação
Faculdade de Enfermagem
Faculdade de Enfermagem
Campus Central
Campus CEntral
Faculdade de Enfermagem
Faculdade de Enfermagem em Mossoró
Residência Universitária Masculina
Residência Universitária Masculina
Residência Universitária Masculina
Residência Universitária Masculina
Residência Universitária Masculina
Campus Central
Campus Central
Residência Universitária Masculina
Residência Universitária Masculina
Residência Universitária Masculina
Residência Universitária Masculina
Residência Universitária Masculina
Faculdade de Enfermagem
Residência Universitária Masculina
Campus Central
Faculdade de Enfermagem em Mossoró
Faculdade de Enfermagem em Mossoró
Faculdade de Enfermagem em Mossoró
Faculdade de Enfermagem em Mossoró
Faculdade de Enfermagem em Mossoró
Faculdade de Enfermagem em Mossoró
Faculdade de Enfermagem em Mossoró
Faculdade de Enfermagem em Mossoró

Fonte: Jogonoli

REVOLTA POPULAR



A cidade está entregue ao caos, a insatisfação nos rodeia, 15 setores estão em greve: transporte público, educação, departamento de trânsito, médicos, estamos privados daquilo que já era insatisfatório e o povo de Natal não está nada contente com a situação.

Dos mendigos aos advogados pode-se ver insultos a administração da prefeitura, se dependesse do povo, tenho até pena do que aconteceria com Micarla de Sousa.

Nesse dia 25, centenas e centenas de pessoas (algumas fontes dizem que duas mil) foram às ruas expressar sua indignação. Essa manifestação teve início através de discussões nas atuais mídias sociais (twitter, orkut, facebook), e embora alguns integrantes tentaram liderar e centralizar , o movimento permaneceu descentralizado através de plenárias (decisões horizontais).

Duas das principais avenidas da cidade foram bloqueadas, o trânsito parou e a manifestação prosseguiu até tarde da noite, fechando as principais ruas comerciais da cidade.

Ao final, terminou com uma plenária geral para decidir os próximos atos, e agora essa indignação transformou-se em luta social, e que assim permaneça até a saída imediata da atual prefeita Micarla de Sousa e traga mudanças profundas nas questões políticas e sociais de Natal.

FORA MICARLA
Dia 01/06 (quarta-feira)
18h
Em frente ao machadão

Fonte: ccap

18 de mai. de 2011

O Centro de Ciências Humanas Letras e Artes apresenta:

XIX Semana de Humanidades



A XIX Semana de Humanidades acontecerá de 6 a 9 de junho. O site do evento já se encontra aberto para inscrições de propostas de GTs, Minicursos, Oficinas e outras atividades. Os alunos que desejam se inscrever como monitores e todas as informações sobre o evento serão divulgadas através do site.

EDITAL DE ELEIÇÃO DO CAGPP

EDITAL DE ELEIÇÃO DO CENTRO ACADÊMICO DJALMA CARVALHO

MARANHÃO – CAGPP

PROCESSO ELETIVO PARA OS MEMBROS DO COLEGIADO EXECUTIVO E POLÍTICO E DO CONSELHO DE ÉTICA E FISCALIZAÇÃO PARA GESTÃO 2011/2012

CAPÍTULO I

DO PROCESSO ELEITORAL

Art. 1° O presente edital regulamenta o processo eleitoral para escolha dos membros dos Colegiados Executivo e Político, do Conselho de Ética e Fiscalização e do Colegiado de curso do Centro Acadêmico Djalma Maranhão do Curso Superior de Graduação de Bacharelado em Gestão de Políticas Públicas da UFRN, para gestão 2011/2012 à luz das disposições contidas no Estatuto do CAGPP.

Art. 2° O processo eleitoral será coordenado pela Comissão Eleitoral constituída em Assembléia Geral Estatutária realizada em 12 de Maio de 2011.

CAPÍTULO II

DO CALENDÁRIO ELEITORAL

Art. 3° O processo eleitoral obedecerá aos seguintes prazos:

I- Inscrição de chapas: de 18 a 25 de Maio de 2011;

II- Reunião com os inscritos: 25 de Maio de 2011;

III- Campanha: de 26 de Maio a 07 de Junho de 2011;

IV- Votação: 08 de Junho de 2011;

V- Apuração: 08 de Junho de 2011, a partir das 21:30;

VI- Posse: 14° de Junho de 2011.

Parágrafo único. Quaisquer alterações nas datas estabelecidas deverão ser deliberadas pela Comissão Eleitoral e ensejará a publicação de edital retificador.

CAPÍTULO III

DAS INSCRIÇÕES

Art. 4° As inscrições para os Colegiados Executivo e Político se darão em chapas completas, com 15 (quinze) membros, sendo 13 (treze) membros que concorrerão aos cargos das 6 (seis) coordenações e 2 (dois) concorrerão apenas ao conselho político.

Art. 5° O requerimento para inscrição de chapas deverá conter necessariamente:

I- O nome da chapa

II- O nome completo e a matrícula de cada membro e a indicação do cargo que este pleiteia.

Parágrafo único. O número da chapa será atribuído pela comissão eleitoral mediante ordem de inscrição, sendo a primeira chapa inscrita 01 e assim sucessivamente.

Art. 6° As inscrições para o Conselho de Ética e Representação e para o Colegiado de curso serão avulsas, devendo cada pretendente requerer sua inscrição junto á comissão eleitoral, apresentando seu nome completo e matrícula.

Art. 7° Os requerimentos que tratam das inscrições de chapas ao Colegiado Executivo e Político e de candidaturas avulsas ao Conselho de Ética e Fiscalização e para o Colegiado de curso deverão ser protocolados junto a um dos membros da comissão eleitoral ou ainda protocolados na Coordenação do Curso de Bacharelado em Gestão de Políticas Públicas.

CAPÍTULO IV

DA REUNIÃO COM OS INSCRITOS

Art. 8° A Comissão Eleitoral reunirá todas as chapas inscritas para o Colegiado Executivo e Político e os sócios inscritos para o Conselho de Ética e representação e para o Colegiado de curso no dia 25 de Maio de 2011, às 16h40min, na Sala do Centro Acadêmico Djalma Maranhão no Setor II da UFRN, para fins de esclarecimentos e estabelecimento de acordos entre os concorrentes.

CAPÍTULO V

DA CAMPANHA

Art. 9° A campanha das chapas concorrentes e dos candidatos avulsos ao Conselho de Ética e Fiscalização e ao Colegiado de curso deverão pugnar pela apresentação de propostas e pelo debate político saudável, sempre pautado em argumentos e jamais em acusações pessoais e desmerecimento dos concorrentes.

Art.10. A campanha se dará por passagens em sala de aula, pela distribuição de material de propaganda nos corredores, pela realização de atividades e ainda por mecanismos tecnológicos de interação com os eleitores.

Art. 11. A comissão eleitoral negociará junto à Coordenação do Curso espaços para passagem em sala de aula e providenciará a distribuição de tais espaços entre as chapas e candidatos inscritos na reunião com os inscritos.

Art. 12. É livre a produção de material de propaganda, desde que o material não seja convertido em vantagens ou outra finalidade pelo eleitor.

Parágrafo único: A comissão eleitoral providenciará uma cota mínima igualitária de reprodução monocromática,(Xérox) para cada chapa e candidato a ser fixada em discussão com as partes interessadas de maneira a permitir que todas as chapas e candidatos possam apresentar sua carta-programa aos eleitores.

Art. 13. Qualquer atividade de campanha realizada fora do prazo regulamentado poderá ser enquadrada como campanha extemporânea e, em caso de denúncia, será julgada pela comissão eleitoral.

Parágrafo único. No dia destinado a votações apenas contatos pessoais serão permitidos, respeitando-se a distância mínima de 10 (dez) metros da urna.

CAPÍTULO VI

DA VOTAÇÃO

Art. 14. A votação se dará em cédulas eleitorais providenciadas pela Comissão Eleitoral. Depositadas em urna lacrada sob a supervisão da referida comissão, sendo garantidos o sigilo do voto e a inviolabilidade das urnas.

Art. 15. A mesa receptora de votos estará aberta no período das 14 às 21:30h do dia 08 de Junho de 2011

§ 1° A mesa receptora será coordenada pela comissão eleitoral, que poderá credenciar voluntários para colaborar com os trabalhos.

§ 2° Cada chapa inscrita poderá indicar 1 (hum) representante para fiscalizar os trabalhos de recepção de votos.

CAPÍTULO VII

DA APURAÇÃO

Art. 16. A apuração será realizada imediatamente após a captação dos votos e contará com a presença dos fiscais credenciados por cada chapa concorrente.

Parágrafo único. A comissão eleitoral anunciará o resultado imediatamente após a apuração e providenciará a publicação da ata de apuração no dia subseqüente.

CAPÍTULO VIII

DA POSSE

Art. 17. A posse se dará em solenidade formal a ser realizada em Assembléia Geral de Posse no dia 14° de Junho de 2011, às 18h, na sala I7 do Setor II da UFRN.

CAPÍTULO IX

DAS DENÚNCIAS E DOS RECURSOS

Art. 18. Qualquer sócio é parte legítima para apresentar denúncia que verse sobre a inobservância de dispositivos legais, estatuários ou deste edital por parte de qualquer chapa ou candidato.

Art. 19. Qualquer chapa ou candidato inscrito é parte legítima para apresentar recurso contra o resultado da eleição.

Art. 20. As denúncias ou recursos devem ser protocolados por escrito junto á Comissão Eleitoral a quem compete analisar o caso e impor penalidades cabíveis:

I - Advertência;

II - Suspensão provisória da campanha;

III - Impugnação parcial da chapa;

IV - Impugnação total da chapa ou do candidato avulso.

Parágrafo único: Em caso de impugnação parcial, a comissão eleitoral dará um prazo para a substituição dos membros impugnados.

Art. 21. Os casos omissos serão resolvidos pela comissão eleitoral.

Natal – RN, em 17 de maio de 2011.

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Comissão Eleitoral

(Eucástila Dias, Judson de Castro e Marcilio Ferreira)

4 de mai. de 2011

O Crescimento Populacional Metropolitano e os Desafios da Gestão Pública


Entre 1920 e 2000, portanto por 80 anos seguidos, o ritmo de crescimento demográfico de Natal manteve-se à frente do crescimento populacional do estado. Esse fato garantiu à capital potiguar um crescente peso na distribuição da população estadual. Nas primeiras décadas do século XX tão somente 5,7% da população norte-riograndense residia em sua capital. Esse percentual foi progressivamente se expandindo até alcançar 25,6% em 2000.

Verifica-se assim uma progressiva concentração demográfica no estado. Em 1920 somente 1 em cada 20 moradores do RN residiam na capital. Em 2000 esse indicador já era de 1 para 4.

Todavia, desde a década de 90 que nossa capital vinha dando sinais de esgotamento em sua capacidade de crescimento populacional. Na primeira década do século XXI essa tendência se consolidou e pela primeira vez em 9 décadas a capital cresceu em ritmo inferior ao crescimento do conjunto da população estadual.

A queda da participação de Natal na população do estado trás, porém, muito mais desafios aos gestores públicos da capital, do governo estadual e dos gestores dos municípios em seu entorno.

Isso acontece porque a queda de participação de Natal na população do RN ocorreu não porque a capital perdeu capacidade de atração demográfica. Ela perder participação porque não tem mais espaço físico para crescer. A ocupação urbana da capital já ocupou praticamente todo o seu território, restando agora duas alternativas de crescimento: 1) vertical; 2) dentro do território dos municípios vizinhos.

Natal já não cresce mais no mesmo ritmo anterior simplesmente porque seu crescimento se dá nos municípios do seu entorno. Entre 1970 e 2010 os principais municípios vizinhos à capital potiguar (Parnamirim, São Gonçalo do Amarante e Macaíba) saltaram de 4,03% de participação na população estadual para 11,35%.

Com isso a participação de Natal e seus principais municípios do entorno aumentaram seu quinhão de participação na população estadual de 21% para 36,7% nas últimas 4 décadas. E essa tendência não está dando sinais de esgotamento.




Mas é preciso reconhecer que tais municípios crescem não por motor próprio. É simplesmente o crescimento demográfico da capital se esparramando pelos territórios vizinhos.

Esse fato trás significativos desafios para os gestores locais de políticas públicas. Não adianta mais traçar políticas municipais isoladas para o enfrentamento dos problemas locais. Questões como trânsito, mobilidade urbana, saneamento básico, educação, saúde, segurança pública, desenvolvimento econômico, dentre outras, deixam de ter conotação apenas local e passam a demandar cada vez mais a articulação institucional dos gestores públicos.

O caso da estreita simbiose entre o crescimento de Natal e Parnamirim é paradigmático dessa questão: mantida a tendência das últimas 4 décadas, entre 2010 e 2020 o município de Parnamirim irá registrar não só o maior crescimento proporcional entre os municípios do RN. Ele também registrará o maior crescimento em termos absolutos, ou seja, será a cidade que irá incorporar o maior contingente populacional.

Isso pode ser facilmente visto no gráfico abaixo. Nas últimas duas décadas o incremento populacional de Parnamirim vai progressivamente se aproximando do incremento de Natal e tende a ultrapassá-lo. Entre 2000 e 2010 a população de Natal aumentou 91 mil pessoas e a de Parnamirim 78 mil. Mas a tendência de crescimento das duas cidades aponta que na presente década a população de Parnamirim pode aumentar para a casa das 95 mil pessoas enquanto Natal crescerá pouco mais de 77 mil.

Mesmo nessa última década (2000-2010) nós já verificamos que o crescimento de Natal (91.422 pessoas) foi inferior àquele registrado pela soma dos seus principais vizinhos (Parnamirim, São Gonçalo do Amarante e Macaíba), que foi de 110.583 pessoas.


Por Aldemir Freire

Economista formado pela UERN. Em 2002 ingressou no IBGE, na carreira de Tecnologista em Informações Geográficas e Estatítisticas, como Analista Sócio-Econômico. Foi coordenador estadual da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). A PNAD é a maior e mais abrangente pesquisa amostral domiciliar do RN. Atulamente está na chefia da Unidade Estadual do IBGE no RN

Fonte: Carta Potiguar