21 de fev. de 2012

XVII Seminário de Pesquisa do CCSA – Universidade no Século XXI: desafio e perspectivas



Durante os dias 28/05 a 01/06 de 2012, o Centro de Ciências Sociais Aplicadas realizará O XVII Seminário de Pesquisa do CCSA – Universidade no Século XXI: desafio e perspectivas.

O evento evidencia a preocupação do Centro de Ciências Sociais Aplicadas em consolidar um espaço para discussão e socialização do conhecimento produzido nas diferentes áreas das ciências sociais aplicadas (Direito, Economia, Administração, Serviço Social, Ciências Contábeis, Turismo e Biblioteconomia). Tem como objetivo tornar acessível à comunidade universitária a produção científica existente no CCSA por meio da divulgação dos trabalhos apresentados; estimular a comunidade acadêmica do CCSA para a prática da pesquisa; contribuir para o desenvolvimento da pesquisa e da reflexão teórico-metodológica no campo das Ciências Sociais Aplicadas; abrir espaço para interlocução com outras áreas do conhecimento. Ocorrerão palestras, conferências, mesas-redondas, mostra de filmes, exposições, mini-cursos e muitas outras atividades.

O período de submissão de trabalhos para as atividades do seminário ocorrem até o dia 09/03 e podem ser feitas no próprio site do evento.Os trabalhos a serem enviados para os grupos temáticos, na forma de artigo, poder ser resultantes de teses de doutorado, dissertações do mestrado, monografias de especialização e de graduação, pesquisas em andamento e experiências de atividades científicas, acadêmico e pedagógicas e/ou extensão universitária.

*O evento também conta com a presença de Márcio Pochamann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), na cerimônia de abertura.


Mais informações no site: http://seminario.ccsa.ufrn.br/



Carta Aberta para a Presidenta Dilma elaborada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS)



Assegurar os recursos aprovados na LOA 2012 para a saúde

O Conselho Nacional de Saúde (CNS), instância máxima de deliberação do Sistema Único de Saúde – SUS – de caráter permanente e deliberativo, condição recentemente reafirmada pela Lei Complementar nº 141/2012, tem como missão a deliberação, fiscalização, acompanhamento e monitoramento das políticas públicas de saúde. É competência do Conselho, dentre outras, aprovar o orçamento da saúde, assim como acompanhar a sua execução orçamentária. Ressalte-se que o Conselho representa os usuários e os trabalhadores do SUS, assim como prestadores e gestores.

Considerando sua missão, o CNS, reunido em 16 de fevereiro de 2012, decide se dirigir, publicamente, à presidenta Dilma Roussef, para manifestar sua posição acerca da medida de contingenciamento de recursos da saúde no orçamento federal de 2012.

No Brasil, é crônico o sub-financiamento da saúde. A União, em particular, não tem priorizado os investimentos em saúde, tendo reduzido sua participação no montante total de recursos aplicados na saúde ao longo dos últimos 20 anos.

A recente aprovação da regulamentação da EC-29, sem garantir os 10% das receitas correntes brutas do orçamento federal para a saúde, frustrou as expectativas do povo brasileiro de ver ampliados os investimentos e melhorados o acesso e a qualidade da atenção à saúde, expressas nas deliberações da 14ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em novembro de 2011.

Como se isso fosse pouco, a equipe econômica do governo federal propõe agora um contingenciamento da ordem de R$ 5,4 bilhões no já restrito orçamento do Ministério da Saúde. O mais curioso é o argumento de que o contingenciamento visa a favorecer o crescimento econômico do país. Ora, a saúde é um importante setor econômico, representando cerca de 9% do PIB, e muito tem contribuído para o desenvolvimento nacional, ao movimentar um potente mercado de bens e serviços e assegurar milhões de empregos. Dessa forma, contingenciar os recursos da saúde, malgrado a intenção do Ministério da Fazenda, contribui para desacelerar o crescimento.

Acrescente-se que a saúde é um dos setores mais eficientes da administração pública, com níveis de execução orçamentária superiores aos dos próprios projetos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), prioridade, reiteradamente proclamada, do governo.

Vale ainda adicionar que esses recursos contingenciados, que ampliavam o montante originalmente previsto para a saúde em 2012 pelo Poder Executivo no PLOA, foram definidos por iniciativa do Congresso Nacional, de certa forma, sensibilizado com a insuficiência de verbas para o SUS. Note-se que, ao contrário da prática usual, deputados e senadores consultaram os gestores da saúde, em especial dos municípios e dos estados, para orientar as emendas parlamentares de acordo com as prioridades políticas do SUS.

Contudo, o que mais provoca indignação na proposição do contingenciamento dos recursos da saúde é a verificação de que a LOA 2012 prevê destinar R$ 655 bilhões ou 30% do orçamento federal de 2012 é destinado ao refinanciamento e ao pagamento de juros e amortizações da dívida pública, mais de nove vezes valor previsto para a saúde. A saúde, mais que os ganhos financeiros do pequeno e privilegiado setor rentista da sociedade, deveria ser prioridade governamental.

Neste sentido, o Conselho Nacional de Saúde se manifesta publicamente, solicitando à presidenta Dilma que, atenta a seus compromissos de campanha, priorize a saúde e não proceda o contingenciamento das verbas previstas na LOA para o orçamento do Ministério da Saúde.

15 de fev. de 2012

VI Aula Magna do Curso de Direito da UFRN, nesta quinta-feira dia 16

Para o ordenamento brasileiro, os índios são “os ninguéns” de Eduardo Galeano: que não fazem arte, mas artesanato; não têm cultura, mas folclore; não têm rostos, são números e; valem menos do que a bala que os mata.

O Centro Acadêmico Amaro Cavalcanti, pela primeira vez na história do Curso de Direito da UFRN, traz para a Aula Magna o povo indígena, bem como sua questão jurídica e identitária referente aos conflitos fundiários e ao quadro político do Judiciário brasileiro.
O advogado popular José Humberto Góes Jr – palestrante da V Aula Magna, sobre os direitos da comunidade LGBT – versará sobre o caso do Santuário do Pajé, em Brasília – que apresentou forte comoção e repercussão social e midiática -, em que a especulação imobiliária digladia com os direitos da comunidade indígena sobre a terra para fins de expressão de suas crenças. Este conflito é marcado por decisões judiciais conflitantes, pautadas em interesses escusos, bem como por forte repressão policial aos índios da região.

Além deste, o Cacique Manoel, representante da comunidade indígena do Sagi, relatará os conflitos de terra que atualmente estão no Judiciário potiguar em razão do uso da terra indígena e os interesses mercantis daquele território.

Por fim, Alcides Sales – fluente em três línguas indígenas e professor de Tupi, bem como escritor de dicionários das línguas indígenas -, da Fundação José Augusto, trará sua experiência no reconhecimento e revitalização da cultura indígena no Rio Grande do Norte.

Com apresentações culturais abrindo o evento, o CAAC aguarda a presença de tod@s neste importante momento que marca o início do semestre letivo de 2012.1, versando sobre temas atuais e essenciais à formação do profissional do Direito, como Concretização da Constituição Federal, Direitos Humanos, minoriais sociais, direito indigenista, cultura e identidade indígena e a análise do cenário político do Judiciário norte-riograndense e brasileiro.

Nesta quinta-feira, 16 de fevereiro, às 9h no auditório da Reitoria.