25 de mar. de 2012

Nova Formação da GESTÃO 2011/2012 - CAGPP: “Caminhando e Lutando e Seguindo a Canção”




A chapa “Caminhando e Lutando e Seguindo a Canção” tomou posse no dia 06 de julho de 2011. Essa é a gestão 2011/2012 do centro acadêmico Djalma Maranhão, do curso de gestão de políticas públicas da UFRN.


Com a saída de cinco membros, foi feito um remanejamento das coordenações, e no dia 10/03/2012 foram realizadas novas eleições para as vagas em aberto. Sendo elas, uma para a coordenação de comunicação, uma para a coordenação de assuntos acadêmicos, uma para a coordenação de esporte, cultura e lazer, e duas para a coordenação de mobilização.


Segue abaixo a nova formação da gestão 2011/2012 ¹:


COLEGIADO EXECUTIVO:


- COORDENAÇÃO DE ASSUNTOS ACADÊMICOS:

Djailton Gomes (2010.2 - Tarde)


- COORDENAÇÃO DE ESPORTE, CULTURA E LAZER:

Fábio Borges (2009.2 - Tarde)

Luiz Felipe Varela (2011.2 - Noite)


- COORDENAÇÃO DE FINANÇAS:

Daniell Rendall (2009.2 - Noite)

Thammy Ivantes Marcato (2010.2 - Noite)


- COORDENAÇÃO DE ARTICULAÇÃO:

Nerilena Pessoa (2009.2 - Noite)

Soraya da Cunha (2009.2 - Noite)


- COORDENAÇÃO DE MOBILIZAÇÃO:

Adler Sidney Barros (2010.2 - Tarde)

Thiago Franklin (2011.2 - Tarde)

Alyson Mendonça (2011.2 - Noite)


- COORDENAÇÃO DE COMUNICAÇÃO:

Leonardo Morais (2010.2 - Tarde)

Paula Linhares (2010.2 - Tarde)



• A nova formação da gestão 2011/2012 do CAGPP espera que esse ano seja de luta coletiva, e conta com o apoio de todos que fazem parte do curso de gestão de políticas públicas da UFRN. •

_______________________________________________________________________

COLEGIADO POLÍTICO²:

Carlos Augusto (2009.2 - Noite)

Vítor Joanni (2009.2 - Noite)

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CONSELHO DE ÉTICA E FISCALIZAÇÃO³:

Hebert Alexandre (2009 - Noite)

Jorge Alberto (2010 – Tarde)

Lucas Luzardo (2009 – Noite)


23 de mar. de 2012

PRÓXIMAS REUNIÕES DO CENTRO ACADÊMICO DJALMA MARANHÃO - CAGPP

PRÓXIMAS REUNIÕES DO CENTRO ACADÊMICO DJALMA MARANHÃO - CAGPP

DATA

DIA DA SEMANA

MARÇO

30/03/12

SEXTA

ABRIL

04/04/12

QUARTA

13/04/12

SEXTA

16/04/12

SEGUNDA

17/04/12

TERÇA

25/04/12

QUARTA

MAIO

04/05/12

SEXTA

09/05/12

QUARTA

18/05/12

SEXTA

23/05/12

QUARTA

OBS¹.: As reuniões ocorrerão sempre às 16h:35min, na sala do CAGPP, nas datas marcadas, salvo em caso inesperado.

OBS².: As reuniões seguidas dos dias 16 e 17 de abril se darão em função da II SPP, que ocorrerá nos dias 18, 19 e 20 de abril.

19 de mar. de 2012

Seminário com Edesio Fernandes!

O Departamento de Políticas Públicas do CCHLA-UFRN, realiza, na quarta, 28 de março, as 9h, no Auditório da Reitoria (UFRN), o Seminário com Edesio Fernandes. Na ocasião, será também lançada a segunda edição do livro Brasil Urbano, publicado pela editora Mauad X. Com o título "O Direito à Cidade em Lefebvre", o professor Edesio irá ministrar uma palestra, seguida de debate com o público presente. O termo, que já virou slogan para acadêmicos, políticos, técnicos de governo e ativistas sociais, tem, na sua origem, ou na formulação do filósofo e sociólogo francês, Henri Lefebvre, que o imortalizou, significado bem mais profundo e complexo do que aquele que, banalizado, tem se tornado parte do senso comum. A palestra será proferida por um dos mais reconhecidos pensadores sobre o Desenvolvimento Urbano e o Direito Urbanístico, na atualidade, no mundo, que discutirá os significados atribuídos ao termo, mas também indicará os caminhos necessários para que esses significados se materializem, assim promovendo uma maior justiça social num mundo que é hoje, e cada vez mais, urbano. O evento é coordenado pelo professor Márcio Moraes Valença e tem também o apoio do Programa de Pós-Graduação em Estudos Urbanos e Regionais. A entrada é franca.

Inscrições: lista de assinatura no local, com emissão de certificados eletrônicos, contabilizando 4h de atividades complementares. ( www.cchla.ufrn.br/dpp )



16 de mar. de 2012

Assembleia dos Estudantes do curso de Gestão de Políticas Públicas




Quarta-feira dia 21/03/2012 será realizada a Assembleia dos Estudantes do curso de Gestão de Políticas Públicas, a assembleia terá como pauta a posse dos novos membros do Centro Acadêmico Djalma Maranhão, o CONEUF e o movimento estudantil na universidade. É fundamental e de grande importância a presença de todos, a informação é nossa melhor arma para lutar por melhorias no curso, não adianta ficar só reclamando nos corredores ou especulando achismos, participe, leve sua opinião para os demais alunos, seja ouvido e fique por dentro do que acontece no curso e dos debates que nos envolvem. Lembrem-se todos nós fazemos o curso de Gestão de Políticas Públicas, faça-se presente.



Local: Bloco I sala 20

Data/ Horário: 21/03/2012 às 16h30min

Pautas: Posse dos novos membros do CA, o CONEUF e o movimento estudantil na universidade.




15 de mar. de 2012

3º Congresso dos Estudantes da UFRN (CONEUF)


O Conselho de Entidades de Base (CEB), do Diretório Central dos Estudantes José Silton Pinheiro – DCE/UFRN convoca todas/os estudantes universitários da UFRN para participarem do 3º Congresso dos Estudantes da UFRN (CONEUF), que acontecerá entre às 18h do dia 29/03/12 às 20h do dia 01/04/12, no Campus Universitário Lagoa Nova, da UFRN , Av. Sen Salgado Filho, 3000 - Candelária Natal - RN, 59066-800. O congresso terá como tema “O Movimento Estudantil que fazemos, que queremos e que precisamos”, tendo como pautas: Organização estudantil; Assistência Estudantil; Educação; Conjuntura; Direitos Humanos e combate as Opressões; Sustentabilidade, Meio Ambiente e Saúde; e a reestruturação do Estatuto do DCE.


3º Congresso das/dos Estudantes da UFRN


- O que é o CONEUF?

O Congresso dos Estudantes da UFRN é o maior e mais qualificado espaço de discussão e decisão do Movimento Estudantil dentro da UFRN. No Congresso reúnem-se centenas de estudantes que, através de oficinas, mesas, grupos de discussão e plenárias finais, constroem um rico espaço de formação onde apontam os rumos e as diretrizes a serem seguidas pelo Movimento Estudantil nos próximos anos.

- Quem pode participar?

O CONEUF é aberto a todos os estudantes da Universidade. Nele, os estudantes podem participar através de oficinas (assistindo, interagindo ou ministrando), comparecendo às mesas (que discutirão temos gerais), debatendo e apresentando propostas nos grupos de discussão, e, quando delegados, votando nas propostas dos GD’s e das Plenárias Finais.

- O que é uma/um delegada/o?

Para participar como delegado/a, o estudante deve participar do processo de eleição (assembleia geral ou eleição em urna) realizado pelo seu Centro Acadêmico. A cada 50 estudantes (graduação ou pós-graduação), o curso tem direito a um delegado. Este delegado, pode participar de todos os espaços do Congresso, assim como todos os demais participantes. Seu diferencial, entretanto, é o poder de votar nas propostas, nos grupos de discussão e nas Plenárias Finais.


Conheça a Programação do 3º CONEUF:

- Mesa de abertura/ Assembleia

Composição: As 3 coordenadoras Gerais do DCE

Assunto: Aprovação do Regimento Interno

- Mesa da pauta de Conjuntura

Composição: MMM, CUT, COLUTAS

Assunto: O papel do movimento estudantil e dos movimentos sociais diante da crise do capital

- Mesa da pauta de Educação e Assistência Estudantil

Composição: Fátima Bezerra, Amanda Gurgel, Regina, PRONERA e residência.

Assunto: Educação e Assistência Estudantil

- Mesa da pauta de Sustentabilidade, Meio Ambiente e Saúde

Composição: MST, ABEF, CNS e Pegadas

Assunto: O paradigma do crescimento econômico

- Mesa da pauta de Direitos Humanos e combate as Opressões

Composição: Silvana Mara, GUDS, Comitê da Copa e MMM

Assunto: A (in)possibilidade da efetivação dos Direitos Humanos no capitalismo.

- Mesa da pauta de Organização Estudantil

Composição: Representantes das 4 chapas que disputaram o DCE

Assunto: Concepção e Funcionamento

- Mesa de Apresentação de Teses

Composição: Representantes de todas as teses cadastradas

- Plenária Estatuinte

Composição: As 3 coordenadoras Gerais do DCE

- Plenária Final

Composição: As 3 coordenadoras Gerais do DCE



Comissões Organizadoras do CONEUF.

Deliberado durante a Assembléia Geral dos Estudantes dessa terça-feira (06/03), as comissões organizadoras do Congresso dos Estudantes da UFRN (CONEUF) ficaram divididas da seguinte maneira:

Comissão de Infraestrutura:

Armênio Brito (Coord. DCE)

Danyelle Guedes (Coord. DCE)

Rinaldo Andrade (Letras)


Comissão de Comunicação:

Projeto de Extensão Tela Livre (@TelaLivre)

Luiz Werneck (Coord. DCE)

Melayne Macedo (Coord. DCE)

Raphael Luiz (CA de Comunicação)

Vittor Gois (Ciências Biológicas)


Comissão de Credenciamento:

Adler (CA de GPP)

Armênio Brito(Coord. DCE)

Barbara Figueredo (Coord. DCE)

Djailton Gomes(CA de GPP)

Luiz Werneck (Coord. DCE)

Géssica (CA de História)

Marcos Aurélio (GPP)

Iedo (POR)


Comissão de Programação:

Armênio Brito(Coord. DCE)

Girlane Machado (Pedagogia)

Luana Soares (CASS)

Miriam Lima (Serv. Social)

Ana Paula (Serv. Social)

Floriza Bezerra (Serv. Social)

Iedo (POR)

Lauro (Ciências Sociais)

Victor Darlan (Direito)

Daniel Chacon

Marques


Comissão de Mobilização:

Melayne Macedo (Coord. DCE)

Jéssica dos Santos (CASS)

Dayane Rufino (Coord. DCE)

Barbara Figueredo (Coord. DCE)

Anna Rodrigues (GPP)

Clara Bezerra (Serv. Social)

Rinaldo Andrade (Letras)

Alan (Serv. Social)

Rose Lotes (Coord. DCE)

Alana (História)

Iedo (POR)

Cadu (Ciências Sociais)


Orçamento da Copa sobe R$ 1,7 bilhão, para R$ 25 bilhões

Levantamento do TCU aponta que alguns estádios-sede podem virar ‘elefantes brancos’

BRASÍLIA - Levantamento atualizado do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as obras da Copa de 2014 aponta que o custo global do evento subiu R$ 1,7 bilhão, em relação ao último balanço produzido em setembro, passando de R$ 23,35 bilhões para R$ 25,09 bilhões. O valor inclui obras em estádios, aeroportos, portos, além de investimentos em mobilidade urbana, como ônibus e metrôs. A avaliação mostrou ainda que o estádio do Castelão, em Fortaleza (CE), tem os trabalhos mais avançados, com execução de 50,9%, enquanto as obras do Beira-Rio, em Porto Alegre (RS), e da Arena da Amazônia, em Manaus (AM) ainda não começaram. Segundo o levantamento, 25,4% da obra do Maracanã, cujo orçamento atualizado é de R$ 859,4 milhões, já foram concluídos.

O TCU reforçou grave preocupação que já havia sido identificada no relatório anterior: quatro estádios milionários - Natal, Manaus, Cuiabá e Brasília - correm o risco de se transformarem em "elefantes brancos", após o término do evento esportivo. "Algumas sedes correm o risco de ter estádios que serão “elefantes brancos” após a Copa. Em 4 cidades-sede observou-se que o risco da rentabilidade gerada pela arena de não cobrir seus custos de manutenção era grande: Natal, Manaus, Cuiabá e Brasília. (...) Não foram identificadas ações no sentido de mitigar o risco de alguns estádios se tornarem elefantes brancos”, afirma o relatório atualizado, que repete a mesma preocupação já manifestada em setembro de 2011.

Somente a Arena Mané Garrincha, em Brasília, tem o orçamento atual estimado pelo governador Agnelo Queiroz em R$ 800 milhões, que serão pagos integralmente com recursos públicos. O levantamento ainda repete uma série de informações do relatório anterior e aponta irregularidades em alguns estádios, como é o caso de Manaus, que ainda tem o contrato sob avaliação da Controladoria Geral da União (CGU). Das obras que já começaram, a que está mais atrasada é a da Arena da Baixada (Paraná), com execução de 5,5%. O Itaquerão (SP) já tem 23% prontos.

No Rio de Janeiro, orçamento total da Copa está R$ 683 milhões mais caro do que o verificado no levantamento anterior, alcançando um custo global de R$ 3.89 bilhões em obras para a reforma do Maracanã, aeroportos, portos e mobilidade urbana. Os gastos da Infraero, por exemplo, saltaram de R$ 687,3 milhões para R$ 813,27 milhões. Os custos estimados para o governo do estado e para a prefeitura do Rio praticamente dobraram, na comparação com setembro de 2011. O estado do Rio deve bancar R$ 483, 5 milhões, contra uma previsão anterior de R$ 200 milhões. Já o custo para a prefeitura do Rio subiu de R$ 420 milhões para R$ 704 milhões.


Leia mais sobre esse assunto em: OGlobo.com

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VÍDEOS: Série especial denuncia os abusos da Copa em Natal; veja reportagens

A equipe de reportagem da ESPN Brasil não está calada diante das inúmeras irregularidades que cercam a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. E ao se deparar com atraso na construção do estádio Arena das Dunas, desapropriações de moradias e obras sem explicações em Natal, uma das sedes do Mundial, os jornalistas Roberto Salim e Marcelo Gomes prepararam a série especial 'Areia Movediça, a Copa sob as Dunas'. Abaixo, todas as reportagens com as denúncias que mostram o 'lado B' do evento no país.




Continue assistindo os outros episódios em ESPN-BRASIL



14 de mar. de 2012

A Copa das falácias

ou “O inesperado incômodo da ESPN”

Não foram poucos os quiproquós e alvoroços causados pelos primeiros episódios da série “Areia movediça: a Copa sob as dunas”, produzido pela ESPN Brasil sobre as obscuridades dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014 em Natal, transmitidos semana passada e já disponibilizados na rede mundial de computadores. Alheia ao consórcio local de forças político-econômicas que não apenas sucumbe, mas se orgulha de ser um mero títere dos interesses multinacionais da FIFA, a emissora esportiva expôs o chorume que corre nas artérias que irrigam as atividades preparatórias para a Copa denunciando infindáveis violações e desrespeitos à população local que, por sua vez, são ignorados por um considerável naco do jornalismo potiguar.

De pronto, foi arregimentado um exército de vassalos para, nas mídias informativas e redes sociais, desacreditar a iniciativa da ESPN em mostrar que, diferentemente do que muitos propagam, a Copa do Mundo no Brasil não será a maravilha que costumam anunciar com uma empáfia pouco vista até mesmo nesta terra, onde coronéis e oligarcas são, até hoje, enaltecidos como verdadeiros monarcas.

A primeira estratégia, capitaneada pelo Sr. Jean Valério, titular da Secretaria Municipal da Juventude, Esporte, Lazer e Copa do Mundo da FIFA (SECOPA), foi, em conversa com a própria ESPN, procurar tachar os jornalistas da emissora como estrangeiros atrevidos e insuflados pelo mais puro preconceito contra Natal e o Nordeste. Estratagema ginasial diante da completa impossibilidade de refutar as incontestáveis situações de abuso apresentadas nas matérias veiculadas pelo canal esportivo. Para ser mais preciso, o trigésimo segundo dentre os trinta e oito trazidos por Schopenhauer (1780-1860) em sua indispensável obra “A arte de ter razão”, cujo fim é exatamente o de desarmar eventuais estelionatários da razão que, no limiar de suas vaidades, fazem uso desse tipo de recurso: classificar a opinião de seu adversário como alguma categoria odiosa aos olhos da coletividade e do senso comum, tais quais fascista, nazista e, no caso em tela, racista.

O segundo, não menos infantil, foi de exaltar o Rio Grande do Norte como suposta potência esportivo-futebolística ‒ mesmo diante da completa ausência histórica de políticas públicas estaduais e municipais de fomento ao esporte amador e da pouca estrutura dos dois maiores clubes locais para disputar campeonatos de ponta e se consolidar em competições nacionais. O intuito do secretário, obviamente, era passar a ideia de que a magnitude dos nossos clubes condiz com o pleno gozo do “Arena das Dunas” no Pós-Copa, uma vez que, ainda segundo o Sr. Valério, os times têm grande potencial e reconhecimento em competições nacionais e torcidas e recursos suficientes para usar do estádio com a naturalidade ínsita às grandes agremiações.

O fato é que o Sr. Valério briga com os próprios fatos ao fazer afirmações tão estapafúrdias. Outro fato atordoante é o grau de comprometimento de parte da imprensa potiguar com os conglomerados políticos ‒ considerando que foi necessária a vinda de uma equipe jornalística de fora do estado para expor os efeitos colaterais da Copa e suas quixotescas mazelas à própria população local.

Qual é a credibilidade de meios que se omitem diante das atrocidades cometidas contra a própria sociedade da qual fazem parte?

Outro recurso retórico contra a ESPN que também pudemos notar nas redes sociais e que, certamente, ainda muito se observará contra os que de alguma forma se levantem contra os abusos da Copa, é o de que aqueles que criticam a forma com que o evento vem sendo construído em nossa capital têm a pretensão de, na verdade, se colocar como algozes do progresso e desenvolvimento da cidade. Tal artifício, batido e de fácil neutralização, pode ser identificado como a falácia do homem de palha ou do espantalho, e consiste em distorcer o posicionamento do seu oponente, criando um homem de palha que venha a representar as suas argumentações. O espantalho, figura inerte e de estrutura física frágil, é vulnerável a toda sorte de ataques, atendendo perfeitamente às conveniências do debatedor em desvantagem. Isto porque é incapaz refutar a verdadeira tese da outra parte, recorrendo assim a uma representação enganosa da mesma a qual poderá atacar sem maiores problemas. Trata-se, simplificadamente, de rebater o que a outra parte não alegou.

Menos esperto que Jean Valério, entretanto, foi Demétrio Torres, responsável pelas obras da Copa em âmbito estadual. Em embate com jornalistas da ESPN transmitido ao vivo na edição vespertina do Bate-Bola (pela mesma emissora) logo após a transmissão da primeira reportagem da série, pudemos ver um secretário acuado ante os inúmeros questionamentos dos apresentadores, chegando ao ponto de, constrangido, reconhecer a injustiça das desapropriações e reputá-la como consequência de uma legislação também injusta, deixando claro que sua preocupação, como gestor público, é apenas cumprir a lei, pouco importando o quão nefasta ela seja. Foram minutos tensos, marcados por inúmeras tergiversações do Sr. Demétrio ‒ acostumado com a condescendente mansidão bovina da imprensa local ‒ e pelos contrapontos do apresentador João Carlos Albuquerque e dos jornalistas Antero Greco e Lúcio de Castro, agora alçados à condição de anticristos da Copa em nossa cidade.

Veremos, agora que está mais do que evidente que a Copa (principalmente da maneira pela qual vem sendo arquitetada) não é uma utópica unanimidade, como se portarão as autoridades responsáveis e a população que, vítima da opacidade institucional que lamentavelmente lhe sonega informações sobre seu próprio futuro, começa a receber as primeiras luzes de uma realidade até então desconhecida. É uma pena que iniciativas como essas sejam tão tímidas no próprio elefante.


Fonte: Carta Potiguar

Comitê popular alerta para atrasos em Natal e obra que pode invadir Parque das Dunas

Natal é mais uma das cidades cercadas de problemas em obras para a Copa do Mundo de 2014. Construção da Arena das Dunas atrasada, aeroporto que é utilizado para transporte de cargas, e não de passageiros, além da expansão de vias que podem comprometer reservas naturais são algumas das dificuldades que rondam a capital do Rio Grande do Norte.

Para fiscalizar e cobrar decisões melhores dos responsáveis, um Comitê Popular da Copa foi criado em Natal. Formado por advogados, arquitetos e outros profissionais, o grupo discute a situação da capital potiguar e alerta que algumas das obras para o Mundial podem ferir a legislação.

O Estádio Machadão, por exemplo, foi derrubado para dar lugar à Arena das Dunas, que pode se tornar um ‘elefante branco’ após o Mundial de 2014. Além disso, a construção está atrasada, e as obras não andam. “De sábado e domingo, ninguém trabalha”, disse um funcionário.

Além disso, o advogado Marcos Dionísio, integrante do Comitê Popular e da Comissão dos Direitos Humanos do Rio Grande do Norte, contou: “Recebemos informações de que uma avenida seria alargada e entraria 30 metros dentro do Parque das Dunas, uma das últimas reservas de Mata Atlântica existentes”.

http://espn.estadao.com.br/copadomundofifa/noticia/244813_VIDEO+EM+NATAL+COMITE+POPULAR

“As Novas Pesquisas do IBGE e as Transformações das Estatísticas Brasileiras e do RN”

LEI GERAL DA COPA: um “chute no traseiro” do povo brasileiro Nota de Repúdio à Aprovação da Lei Geral da Copa na Comissão Especial

Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (ANCOP) – 07 de março de 2012 - Na última sexta feira (02 de março), o Secretário Geral da FIFA Jerome Valcke, em entrevista, disse que precisaria “chutar o traseiro” dos governantes brasileiros para que agilizassem os trâmites relacionados à organização da Copa do Mundo de 2014.

Agilidade, para Valcke, significa rapidez para aprovar medidas que garantam os interesses mercantis da FIFA. Definitivamente, acelerar a superação das mazelas da saúde pública, ou o atendimento às dezenas de milhares de pessoas atingidas pelas chuvas, ou mesmo pelas obras relacionadas aos mega-eventos esportivos não é a sua preocupação. Tampouco interessa à entidade agilizar a redução da histórica desigualdade social do país ou do déficit habitacional que assola suas cidades. Quanto à nossa justiça, notoriamente morosa, celeridade para a FIFA diz respeito aos procedimentos extraordinários e aos tribunais de exceção para julgar os crimes especiais que pretende criar. A entidade visa, portanto, apenas seus interesses/lucro em detrimento do bem comum e das necessidades da população. Também os congressistas e os nossos governantes parecem pouco se importar com os direitos sociais dos brasileiros. Onde está o suposto “legado social” dos jogos? Até agora, nada encontramos que permita justificar as dezenas de bilhões já investidos em nome da Copa e das Olimpíadas.

Com esta polêmica frase, Jerome Valcke se referia à Lei Geral da Copa, fruto do Projeto de Lei 2330 de 2011, elaborado pelo governo federal e que tramitava, até terça-feira (06 de março) na Comissão Especial da Câmara dos Deputados e foi aprovada, nessa instância, na forma do texto consolidado pelo relator Vicente Cândido (PT-SP). Atendendo ao cartola da FIFA, a comissão atropelou manifestações democráticas, não permitindo a realização de um debate público sobre a lei em questão. No mesmo dia, o deputado Jilmar Tatto (PT-SP) protocolou requerimento de urgência para a aprovação da lei no plenário da casa, agendando-a para a próxima terça feira, dia 13 de março.

A expressão grosseira “chute no traseiro dos governantes brasileiros” utilizada pela FIFA não causa surpresa. A Lei Geral da Copa já é, em si mesma, um verdadeiro “chute no traseiro” do povo brasileiro. Ela constitui o documento central de um conjunto de leis de exceção que vem sendo editadas nos três níveis federativos do país, de forma a garantir que a Copa do Mundo maximize o lucro da FIFA, de seus patrocinadores e de um conjunto de corporações nacionais, ampliando o canal de repasse de verbas públicas a particulares e fortalecendo um modelo de cidade excludente, que reproduz a lógica da especulação imobiliária e do cerceamento ao espaço público.

A Lei Geral da Copa não é tão “geral” assim. Em primeiro lugar, porque, longe de proteger o interesse público, ela tem por base contratos e compromissos particulares, ou seja, interesses privados. Além disso, não abrange a totalidade das intervenções no ordenamento jurídico brasileiro para os mega-eventos, já que não é a primeira e pode não ser a última das leis aprovadas sobre o assunto. Em cada cidade já foram emitidas “leis de segurança”, “leis de isenção fiscal”, “leis de restrição territorial”, “leis de transferência de potencial construtivo”, etc. No Senado, ainda, para onde seguirá, caso os deputados aceitem a submissão à FIFA, a Lei Geral se associará a pelo menos outros dois PLs (394/09 e 728/11) que, entre outras propostas, restringem o direito à greve a partir de três meses antes da Copa, abrem a possibilidade de proibição administrativa de ingresso de torcedores em estádios por até 120 dias, inventam o tipo penal de “terrorismo” – hoje inexistente no Brasil – e estabelecem justiças e procedimentos de urgência para julgá-lo. Criam, ainda, as chamadas “Zonas Limpas”, de exclusividade da FIFA nas cidades e privatizam o hino, símbolos, expressões e nomes para a Confederação Brasileira de Futebol – a tão “idônea” CBF.

A FIFA manda e desmanda, desrespeita e humilha as populações mundo afora. O povo brasileiro, hoje, é a “bola da vez”. Ela deseja construir um reinado de exploração itinerante durante seu evento, para o qual o Estado assume o duplo papel de “policial” – reprimindo, criminalizando e encarcerando sua sociedade – e de “financiador” – assumindo os ônus, riscos e a responsabilidade desta empreitada privada. A Lei Geral da Copa está no centro de todo este processo e consolidará, caso seja aprovada, uma Copa do Mundo excludente e com graves prejuízos ao povo brasileiro.

Dentre outras premissas, o projeto a ser votado na Câmara:


a) Preconiza a retirada de direitos conquistados por vários grupos sociais, como a meia-entrada e outros direitos dos consumidores (Artigo 26);

b) Restringe seriamente o comércio de rua e popular durantes os jogos (Artigo 11);

c) Impede que o povo brasileiro possa assistir aos jogos como achar melhor, limitando a transmissão por rádio, internet e em bares e restaurantes (Artigo 16, inciso IV);

d) Coloca a União em posição de submissão à FIFA, sendo responsável por quaisquer danos e prejuízos de um evento privado (artigo 22, 23 e 24);

e) Cria novos tipos penais e restringe a liberdade de expressão e a criatividade brasileira. Chargistas, imprensa e toda a torcida que usar os símbolos da Copa podem ser processados (Artigos 31 a 34);

f) Desestrutura o Estatuto do Torcedor em favor do monopólio da FIFA (Art. 67);

g) Coloca em risco o direito à educação, pela possível redução do calendário escolar (Artigo 63);

h) Permite a venda de bebidas alcoólicas durante os jogos, retrocedendo em relação à legislação existente (Artigo 29);

i) Transforma o INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) numa espécie de “cartório particular”, abrindo caminho para abusos nas reservas de patente (Artigo 4 a 7) e na privatização de símbolos oficiais e do patrimônio cultural popular.


Dessa forma, a Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (ANCOP, organizada nas 12 cidades sede e constituída por diversas entidades da sociedade civil que lutam para enfrentar, impedir e minimizar os prejuízos sociais advindos com a Copa, mais uma vez, vem a público repudiar este ato de submissão brasileira perante os interesses privados de grandes monopólios da FIFA e seus patrocinadores, totalmente financiados com recursos públicos, atropelando direitos e garantias arduamente conquistados, ferindo princípios democráticos e onerando o povo brasileiro.

O Brasil tem condições objetivas de sediar a Copa do Mundo sem produzir este legado autoritário e anti-democrático. Já sediamos grandes eventos, dos mais diversos tipos. A aprovação de novas leis não é necessária e representa um cavalo-de-tróia para modificações que, supostamente transitórias, terminam por incorporar-se definitivamente em nosso direito interno.

À luz disso, os Comitês Populares da Copa vêm exigir do Poder Legislativo brasileiro, na figura de todos os congressistas, que formalize o veto que a população já deu ao PL 2330/2011, votando contrários ao mesmo. Sabemos que isso não ocorrerá sem pressão e mobilização popular e, portanto, estaremos atentos para legitimamente defender a justiça social e a soberania popular acima de tudo.

Assim não dá jogo! Queremos respeito às regras e leis já existentes na Constituição Federal que garantem ao povo brasileiro direitos e soberania.


As exigências da FIFA são um GOL contra o povo brasileiro.


FIFA BAIXA A BOLA!

A Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (ANCOP) é formada pelos Comitês Populares nas 12 cidades-sede da Copa: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Mais informações em www.portalpopulardacopa.org.br